Por que tu insistes em me fazer companhia? Como sabes que agora podes simplesmente bater na porta do meu ser, entrar sem ser convidada e ter a certeza que eu não vou resistir e atender às suas vontades, se até ontem eu nem te conhecia? Serás tu como um ser simbiótico que deseja sugar todo o amor e as forças deste pobre solitário e ao mesmo tempo dar-me em troca a tua indesejável e dolorosa presença? Ages em mim como um medicamento sarcástico que me faz lembrar que não posso e que nunca ficarei sozinho de todo, mesmo que eu assim muito deseje, pois quando só, eu ainda te terei ao meu lado! Queres tu fazer-me companhia, solidão? Não seria isso um terrível paradoxo? Por favor, mórbida companheira... Deixe-me em paz!
Diego Montilla
3 comentários:
belo texto, véi!
Eu até gosto dessa "zinha" aê... mas ela sabe ser bem inconveniente algumas vezes. Ô, se sabe!
Gostei da novidade!
Ácido!
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