sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

Para ler com os olhos fechados

Eu já havia sinalizado que o teor dos textos talvez sofresse adaptações...

Sexta-feira, fim de expediente.Não há plantão de sábado, a próxima obrigação só vem na segunda. Uma cerveja. Duas ou três, vá. Cama, travesseiro.

Feche os olhos,

Até mais ver.

quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

Na chuva


Escrever com chuva é covardia. Ainda que perdido em meio aos arranha-céus metropolitanos, tenho mania de fechar os olhos ao menor pingo d´água que me molhe a fronte. Aí eu estou em Acari.
Não existe maior representação de felicidade que a visão das nuvens engolindo as cordilheiras, derramando sonhos na cabeça do sertanejo, fugaz alegria.
O vento úmido carrega sorrisos, crianças - pés descalços e semblantes de satisfação - correndo pelas biqueiras, brincadeiras sem ter fim até que ecoe o grito de "passe pra dentro".
Aí é ainda melhor, recostado a uma cadeira de balanço, enrolado na coberta espiando a festa dos passarinhos enquanto o dia vai embora.
E vem a noite dos grilos e dos sapos, da conversa na calçada, luz acesa até altas horas da noite, teto sem forro.
Outro pingo, outra lufada da brisa fria e confortável. Abro os olhos, capital, céu cinzento. 
A chuva parou.
E recomeça.

sexta-feira, 24 de janeiro de 2014

Para ler com os olhos fechados

Conforme prometido, voltamos a alimentar a série "para ler com os olhos fechados". O dia dela é a sexta-feira, então, caso gostem, fiquem ligados que vamos entrar todos os fins de semana com uma bela imagem na cabeça. Seguindo o conselho do grande amigo Marcelo Panela - um dos preferidos da casa  - faço a reestreia publicando um microconto que escrevi uns anos atrás e me rendeu o primeiro lugar em um concurso da poty livros. Boa leitura:

Casa grande de sítio no pé da serra. 21h. Lua cheia. Um friozinho, uma rede no alpendre. Enrolado no lençol e no abraço. Uma vitrola tocando um vinil de Chico. Uma cachacinha boa. E pouca, por favor.
Feche os olhos.

Até mais ver.

quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

Para ler com os olhos fechados?

Na primeira fase desse blog eu mantinha a série "Para ler com os olhos fechados". Foi ela, inclusive, que me rendeu um belo prêmio.
Para quem não conhece, eram textos curtos - microcontos, se preferirem - com forte carga sensorial e descritiva. Retratos escritos de paisagens, momentos nostálgicos, enfim... Alpendres de sítios, canoas em açudes, cabelos ao vento.
Tudo isso me parece tão distante, hoje, que me peguei pensando se valeria reeditar essa modalidade de texto por aqui. Pois bem, vamos sim!
Só tenho a leve impressão de que o teor das descrições deve mudar um pouco, mas isso é uma hipótese que só poderemos conferir amanhã, dia de "Para ler com os olhos fechados".

Até lá!

terça-feira, 21 de janeiro de 2014

Eu voltei

Só para avisar que, sim, eu voltei. Não robertocarlosmente, talvez, mas voltei. Após alguns anos de ausência - curiosamente, desde que me casei - esse blog esteve offline. A vida de gestor  - de uma casa; de uma, duas ou, mais recentemente, três vidas - ocupa muito tempo (e muita inspiração) da minha cabeça... troquei o escrever pelo exercer. Não mais digitei meus desejos e minhas vontades, apenas vivi.

Para "piorar", desde junho último me abracei com o moribundo jornalismo impresso. Nesse caso a balança é mais equânime: Ao passo que fiquei ainda mais sem tempo, pelo menos ganhei agilidade de raciocínio, com o ritmo industrial das redações.

Enfim... pretendo, a princípio, escrever pelo menos uma vez por semana. Pode ser mais. Pode ser menos.

Minha grande alegria (re)inicial é a volta das amadas reticências, arrancadas a fórceps de mim pelo padrão pré-moldado do serviço jornalístico diário.

Benvindas de volta...

...
...
...

Benvindos de volta.

Voltei.
 
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