tag:blogger.com,1999:blog-9963719697623695422024-03-19T06:49:14.782-03:00Musicrônicas - por Cleo Lima Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/16424745039110850059noreply@blogger.comBlogger125125tag:blogger.com,1999:blog-996371969762369542.post-16545034792343449612014-03-31T22:44:00.000-03:002014-04-01T00:12:32.133-03:00365 clichês<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj_mFwynjd5PXKR8dXD_GwzFyY2w_G9-QSyYx1_jB1sy16gBudj_cx_hYzHy-UJYic6xFPxwlRApzYsZj-QWJK2w4v05x0-vIB7whbgBy9zxkRnQnCRa1EZa-BDzur_BIItzIYo93tZFBc/s1600/DSC075001.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj_mFwynjd5PXKR8dXD_GwzFyY2w_G9-QSyYx1_jB1sy16gBudj_cx_hYzHy-UJYic6xFPxwlRApzYsZj-QWJK2w4v05x0-vIB7whbgBy9zxkRnQnCRa1EZa-BDzur_BIItzIYo93tZFBc/s1600/DSC075001.jpg" height="243" width="320" /></a></div>
<br />
Eu ganho a vida com duas profissões nas quais se deve evitar ao máximo o clichê. Um jornalista preso a chavões não passará do medíocre; um músico, então, nem se fala...<br />
<br />
Esse dia primeiro de abril, porém, marca um ano exato do dia em que mergulhei minha vida em tudo que se diz banal, mas que de banal nada tem. E é verdade!<br />
<br />
Foi quando acordar cedo, mais que obrigação, virou prazer.<br />
<br />
Quando as lágrimas se tornaram muito, muito mais frequentes. E, sim, isso é muito legal.<br />
<br />
As velhas preocupações, digo com toda a certeza, mudaram de pasta no computador da minha cabeça. Antes motivos para stress e desespero, contas, trabalho, satisfações à sociedade, tudo isso passou de "importante" a "secundário".<br />
<br />
"Importante", diga-se, teve sua capacidade esgotada por um ser minúsculo, alguns centímetros, três quilos e um pouquinho, não mais que isso.<br />
<br />
Esse pedacinho de felicidade já chegou ocupando todo e qualquer espaço, toda e qualquer atenção, amenizando todo e qualquer problema. Não sobrou espaço para o particular, o urgente, o agora; tudo vem depois, tudo é secundário, eu sou secundário.<br />
<br />
E por mais que eu me esforce, é impossível escrever poucas linhas sem cair no lugar-comum, pois o que antes era cafona, agora faz sentido. Amor incondicional, razão de viver, sorriso constante; essas expressões se realizam em você, minha filha, e deixam de ser palavras. O clichê ficou bonito, meu amor, e isso só você teve o dom de realizar. Sob certo prisma, foram 365 dias de pura falta de originalidade, olhando você acordar devagarinho, preguiçosa; vendo você aprender a falar "uva"; acompanhando seus primeiros passinhos (o que aliás é mais um tremendo clichê. Lindo.); e vendo você abrir um sorriso quando apareço na porta, cansado do mundo lá fora.<br />
<br />
Ser original é bom, mas ser clichê é muito mais. Basta ser verdade, basta representar fielmente o que diz, então não importa mais dizer o que já foi dito, não há motivo para buscar alternativas, o sentimento se basta.<br />
<br />
É isso que tenho a dizer: Estou há 365 dias colecionando frases feitas, amores já cantados, corações que não cabem no peito. Amores, enfim. Você, Lia, é o maior deles. Você é tudo pra mim, de verdade. Que você seja sempre feliz, meu amor.Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/16424745039110850059noreply@blogger.com5tag:blogger.com,1999:blog-996371969762369542.post-23514061435336989562014-03-11T19:17:00.002-03:002014-03-11T19:17:53.609-03:00Eu me lembroEu me lembro, tia, das arengas com Thulio quando criança. Lembro de como tirava seu juízo e você ficava danada comigo.<br />
<br />
Lembro também de quando me levou para uma viagem de férias pelo Ceará. Conheci Canoa Quebrada, Sobral, Aracati.<br />
<br />
Tempos depois, me recordo - já adolescente - de um carnaval em que não tinha um real no bolso. Você me ofereceu uma grana para eu ajudar a fechar o balancete do mês na sua loja. Começamos a trabalhar na quinta, acho... ainda faltava bastante trabalho no sábado, mas quando cheguei à mesa para retomarmos os cálculos você disse: "Aqui está seu pagamento, vá curtir o carnaval".<br />
<br />
Com o tempo, minha chegada à vida de adulto e tudo mais que cerca o amadurecimento de uma pessoa, nos aproximamos bastante. O casamento de seu único filho - um irmão pra mim - deixava você um pouco saudosa, pela ausência. Lembro, ainda com certa surpresa, que você se sentia à vontade para conversar comigo sobre isso e trocamos ideias algumas vezes. Era muito bacana.<br />
<br />
Minha rotina de trabalho sempre complicou muito minhas idas a Acari, isso me fez perder ocasiões que jamais desejaria ter perdido. Seu aniversário de 50 anos foi um desses acontecimentos, mas, mesmo assim, me deleitava só de ouvir as histórias das grandes festas.<br />
<br />
Por último, minha memória mais bonita, a última vez em que nos vimos. Foi no domingo, dia 10 de março do ano passado. Ninguém tinha combinado nada, mas eu ainda estava na terrinha e você apareceu com Joãozinho; Thulio e Jaiane também chegaram e nós fizemos uma farra ótima, com direito a ligações telefônicas para Deus e o mundo, só pra fazer inveja. Lia estava quase nascendo, Larissa ostentava um barrigão enorme, então podemos considerar a presença dela também, né?<br />
<br />
Tocamos violão e tomamos cerveja até quase a noite, quando, tomado por um raro espírito de adulto, chamei Larissa para voltarmos para Natal ainda no domingo, a tempo de descansar para mais uma semana de trabalho.<br />
<br />
A despedida não poderia ter sido mais afetuosa. Lembro de ter beijado sua testa, enquanto você repetia que o quartinho para Lia já estaria arrumado da próxima vez que visitássemos o Seridó. Não teve próxima vez, titia. No dia seguinte, assim, apressada como boa filha de Zé Sobrinho, você nos deixou. Eu estava apostando comigo mesmo se conseguiria chegar ao fim desse texto sem derramar uma lágrima, mas não foi possível, acabo de constatar. Menos de um mês depois, minha filha nasceu; falta menos de um mês para o aniversário de um ano dela. A sua imagem é presença constante nos meus pensamentos e nas minhas orações. Eu só queria que você tivesse conhecido ela, só isso, mas Deus não deixou. Me resta ,como consolo, o fato de você ter se tornado nosso anjo da guarda. Tenho plena certeza disso e sei que Lia também tem. Hoje faz exatamente um ano, tia. Que saudade.Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/16424745039110850059noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-996371969762369542.post-11137743937404474872014-02-26T09:22:00.000-03:002014-02-26T09:22:28.489-03:00Não, eu não fugiEu não fugi, mas as cada dia o tempo aperta mais o laço em torno do meu pescoço.<br />
<br />
É concurso, dinheiro, pauta, banda, rock, sono. Tudo junto e pendurado no cangote do gordinho.<br />
<br />
Mas eu não vou abandonar as letras, me prometi que não mais o faria.<br />
<br />
E cá estou.<br />
<br />
Ainda que pela metade...<br />
<br />
<br />Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/16424745039110850059noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-996371969762369542.post-21240450350971982862014-02-07T08:28:00.000-03:002014-02-07T08:33:03.286-03:00Para ler com os olhos fechados<div style="text-align: center;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhnZTSKev1CswB8BHzLL_chesM7K9FHCaYtOEmhheCvJ_aqNny8MPLtROBxPfMu9KrjULUmwwrA7i0SirizjSq25cdXQhm9cuffV3-_-tHSm9w5h3DuRonYYU5KJKFnGUOGrpdkXxX1h3A/s1600/morro+do+careca.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhnZTSKev1CswB8BHzLL_chesM7K9FHCaYtOEmhheCvJ_aqNny8MPLtROBxPfMu9KrjULUmwwrA7i0SirizjSq25cdXQhm9cuffV3-_-tHSm9w5h3DuRonYYU5KJKFnGUOGrpdkXxX1h3A/s1600/morro+do+careca.jpg" height="213" width="320" /></a></div>
<b><br /></b>
<b>Faz de conta que ainda pode subir no Morro do Careca (lembra?). Então você sobe. Descansa, respira. Fim de tarde, pôr do sol, brisa do mar e o visual lá de cima. Silêncio absoluto, interrompido apenas por um ou outro passarinho se despedindo da tarde quente.</b></div>
<div style="text-align: center;">
<b><br /></b></div>
<div style="text-align: center;">
<b>Feche os olhos.</b></div>
<div style="text-align: center;">
<b><br /></b></div>
<div style="text-align: center;">
<b>Até mais ver.</b></div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/16424745039110850059noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-996371969762369542.post-43710560632462586842014-02-05T08:21:00.001-03:002014-02-05T08:22:28.695-03:00Tio EveraldoUma das pessoas que você gosta de graça. Sorriso fácil e largo. Causos e mais causos para divertir a todos.<br />
<br />
Tio Everaldo se foi nessa madrugada; nos deixou órfãos de suas gaiatices, suas histórias, suas memórias.<br />
<br />
Ele me lembrava muito meu avô, sob determinados aspectos - excetue-se aí o mau-humor do velho Zé Sobrinho, coisa que jamais vi passar nem próximo de tio Everaldo. Mas tinha aquele talento natural para as galhofas, para mangar dos outros, como dizemos no interior.<br />
<br />
É, de fato, um dia que começa cinza e triste. Fiquemos com as lembranças alegres, afinal esse é o único jargão do qual não podemos fugir.<br />
<br />
<i>"Ei, menino de João da Mata!"</i><br />
<i><br /></i>
<i>"Diga, tio Everaldo!"</i><br />
<i><br /></i>
<i>"Quanto é que você tá cobrando para assombrar uma casa de dois cômodos?"</i><br />
<i><br /></i>
Até mais, meu velho. Deus te acompanhe.Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/16424745039110850059noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-996371969762369542.post-86981848666874785422014-01-31T15:43:00.000-03:002014-01-31T15:47:46.504-03:00Para ler com os olhos fechadosEu já havia sinalizado que o teor dos textos talvez sofresse adaptações...<br />
<br />
<div style="text-align: center;">
<b>Sexta-feira, fim de expediente.Não há plantão de sábado, a próxima obrigação só vem na segunda. Uma cerveja. Duas ou três, vá. Cama, travesseiro.</b></div>
<div style="text-align: center;">
<b><br /></b></div>
<div style="text-align: center;">
<b>Feche os olhos,</b></div>
<div style="text-align: center;">
<b><br /></b></div>
<div style="text-align: center;">
<b>Até mais ver.</b></div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/16424745039110850059noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-996371969762369542.post-56140829294401042402014-01-30T13:54:00.000-03:002014-01-30T13:56:08.463-03:00Na chuva<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEikd0daJtzW6RICOmzxKfAb0rFZP0-hXDKye0fGZWoDd-8i9gLy5dzBcl08XaNSl-VhSkSxzpMsDgUA7VCLAuC-RBpCPy_IZMFoMBisjYPNq5q-3lPPnoY9dmfKfWisDi7T0021FkLnHEQ/s1600/chuva+acari.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEikd0daJtzW6RICOmzxKfAb0rFZP0-hXDKye0fGZWoDd-8i9gLy5dzBcl08XaNSl-VhSkSxzpMsDgUA7VCLAuC-RBpCPy_IZMFoMBisjYPNq5q-3lPPnoY9dmfKfWisDi7T0021FkLnHEQ/s1600/chuva+acari.jpg" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">
Escrever com chuva é covardia. Ainda que perdido em meio aos arranha-céus metropolitanos, tenho mania de fechar os olhos ao menor pingo d´água que me molhe a fronte. Aí eu estou em Acari.</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">
Não existe maior representação de felicidade que a visão das nuvens engolindo as cordilheiras, derramando sonhos na cabeça do sertanejo, fugaz alegria.</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">
O vento úmido carrega sorrisos, crianças - pés descalços e semblantes de satisfação - correndo pelas biqueiras, brincadeiras sem ter fim até que ecoe o grito de "passe pra dentro".</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">
Aí é ainda melhor, recostado a uma cadeira de balanço, enrolado na coberta espiando a festa dos passarinhos enquanto o dia vai embora.</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">
E vem a noite dos grilos e dos sapos, da conversa na calçada, luz acesa até altas horas da noite, teto sem forro.</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">
Outro pingo, outra lufada da brisa fria e confortável. Abro os olhos, capital, céu cinzento. </div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">
A chuva parou.</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">
E recomeça.</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">
<br /></div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/16424745039110850059noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-996371969762369542.post-20175556247188641872014-01-24T14:57:00.000-03:002014-01-24T15:02:14.492-03:00Para ler com os olhos fechados<div style="text-align: left;">
<span style="color: #4c4e55; font-family: Verdana, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 20.799999237060547px; text-align: center;">Conforme prometido, voltamos a alimentar a série "para ler com os olhos fechados". O dia dela é a sexta-feira, então, caso gostem, fiquem ligados que vamos entrar todos os fins de semana com uma bela imagem na cabeça. Seguindo o conselho do grande amigo Marcelo Panela - um dos preferidos da casa - faço a reestreia publicando um microconto que escrevi uns anos atrás e me rendeu o primeiro lugar em um concurso da poty livros. Boa leitura:</span></span></div>
<b><span style="color: #4c4e55; font-family: Verdana, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 20.799999237060547px; text-align: center;"><br /></span></b></span>
<b><span style="color: #4c4e55; font-family: Verdana, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 20.799999237060547px; text-align: center;">Casa grande de sítio no pé da serra. 21h. Lua cheia. Um friozinho, uma rede no alpendre. Enrolado no lençol e no abraço. Uma vitrola tocando um vinil de Chico. Uma cachacinha boa. E pouca, por favor.</span></b></span><br />
<div style="text-align: justify;">
<b><b><span style="color: #4c4e55; font-family: Verdana, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 20.799999237060547px; text-align: center;">Feche os olhos.</span></b></b></div>
<b><br style="color: #4c4e55; font-family: Verdana, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 20.799999237060547px; text-align: center;" /><span style="color: #4c4e55; font-family: Verdana, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 20.799999237060547px; text-align: center;">Até mais ver.</span></b>Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/16424745039110850059noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-996371969762369542.post-10395502490816515492014-01-23T13:20:00.000-03:002014-01-23T13:21:42.101-03:00Para ler com os olhos fechados?Na primeira fase desse blog eu mantinha a série "Para ler com os olhos fechados". Foi ela, inclusive, que me rendeu um <a href="http://musicronicas.blogspot.com.br/2009/05/nao-e-que-ta-dando-certo-2.html">belo prêmio</a>.<br />
Para quem não conhece, eram textos curtos - microcontos, se preferirem - com forte carga sensorial e descritiva. Retratos escritos de paisagens, momentos nostálgicos, enfim... Alpendres de sítios, canoas em açudes, cabelos ao vento.<br />
Tudo isso me parece tão distante, hoje, que me peguei pensando se valeria reeditar essa modalidade de texto por aqui. Pois bem, vamos sim!<br />
Só tenho a leve impressão de que o teor das descrições deve mudar um pouco, mas isso é uma hipótese que só poderemos conferir amanhã, dia de "Para ler com os olhos fechados".<br />
<br />
Até lá!Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/16424745039110850059noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-996371969762369542.post-67938734272665149552014-01-21T17:15:00.002-03:002014-01-21T17:15:38.638-03:00Eu volteiSó para avisar que, sim, eu voltei. Não robertocarlosmente, talvez, mas voltei. Após alguns anos de ausência - curiosamente, desde que me casei - esse blog esteve offline. A vida de gestor - de uma casa; de uma, duas ou, mais recentemente, três vidas - ocupa muito tempo (e muita inspiração) da minha cabeça... troquei o escrever pelo exercer. Não mais digitei meus desejos e minhas vontades, apenas vivi.<br />
<br />Para "piorar", desde junho último me abracei com o moribundo jornalismo impresso. Nesse caso a balança é mais equânime: Ao passo que fiquei ainda mais sem tempo, pelo menos ganhei agilidade de raciocínio, com o ritmo industrial das redações.<br />
<br />
Enfim... pretendo, a princípio, escrever pelo menos uma vez por semana. Pode ser mais. Pode ser menos.<br />
<br />
Minha grande alegria (re)inicial é a volta das amadas reticências, arrancadas a fórceps de mim pelo padrão pré-moldado do serviço jornalístico diário.<br />
<br />
Benvindas de volta...<br />
<br />
...<br />
...<br />
...<br />
<br />
Benvindos de volta.<br />
<br />
Voltei.Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/16424745039110850059noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-996371969762369542.post-3353144212790017082010-11-04T01:01:00.000-03:002010-11-04T01:05:11.565-03:00Maria<span style=""> </span>Maria corre no meio da rua, doida pra ver José, despida de luas, carregada de leite, integralmente mulher, Maria não tem dono; são as crias, as crias, suas proprietárias, pra elas Maria não arreda pé, esteja onde estiver Maria se deixa pertencer, sua sonhos em favor delas; <span style=""> </span>José impaciente espera séculos de segundos, e ao surgir, cabelo molhado e roupa caseira, Maria desfere os primeiros cheiros, ele<span style=""> </span>cai atordoado diante da supremacia do desejo, Maria ignora o tesão dele, aliás irá sempre ignorar, só se deixa gozar com o macho das crias; cria machos no seu universo peculiar, para ludibriar seu instinto de fera; vai com fúria insana no olho do macho, esguicha sêmen em forma de <span style=""> </span>palavras ternas; Maria assassina o desejo de tê-lo engolindo-o por inteiro com sua teia de conversas vãs; Maria grita corpo, mas não move um dedo para levantá-lo nas suspeitas; assim faz Maria, vaporiza, e evapora insinuações. <p class="MsoNormal"><span style=""> </span>José move-se com lentidão, meio incrédulo, mas meio gozado, despede-se; quando verá novamente a alma tonta que o embriaga? Maria, numa displicência programada marca qualquer dia e pouco mais tarde liga pra acertar detalhes; a voz é simples, a conversa também, mas o cio é longo e pode ser medido, vai ao satélite e reflete no celular, os corpos gemem de gozo, risinhos discretos denunciam a tara, mas Maria dispara qualquer palavra bomba de realidade, José imagina que é só delírio, ele pira em confusão, Maria em erupção; e em sucessivas tramas ela transa com seu macho em gozos vulcânicos liberando Josés na atmosfera<span style=""> </span>do seu universo paralelo; o seu macho<span style=""> </span>ofegante e extasiado de prazer , dá-lhe um respeitoso beijo depois do coito, Maria agradece a virilidade do parceiro, derrama-se em carinhos e doçuras; pra José <span style=""> </span>fica a dúvida...</p><p class="MsoNormal"><br /></p><p style="text-align: right;" class="MsoNormal"><span style="font-style: italic;">Jaécia Bezerra de Brito</span><br /></p>Cleo Limahttp://www.blogger.com/profile/13001640981159157399noreply@blogger.com5tag:blogger.com,1999:blog-996371969762369542.post-37846305506313982902010-10-01T16:39:00.002-03:002010-10-11T02:37:32.836-03:00Conversa de perdedor:Serei objetivo. Estive entre os dez finalistas do MPBeco deste ano, com a música "O Riso". Durante a final, realizada no sábado passado (25/09), defendi a canção junto aos outros 9 concorrentes, até aí nada demais. Comentei com todos os colegas que a final deveria estar sendo gravada com uma qualidade boa de áudio, dado o alto nível de todas as composições e tudo o mais. "Exceção seja feita à essa música desse tal Maguinho da Silva, que, pelas caridades, não serve nem pro lixo", foram minhas palavras no dia. Mas não vamos entrar no mérito do gosto pessoal.<br /><br />O que me fez sair do meu cantinho e escrever um texto, então? O resultado, amigos, o resultado...<br /><br />Na hora do anúncio dei aquela murchada tradicional, de quem esperava um pouco mais... não ganhei nadinha. Mas saí tranquilo. A única coisa que me inquietava era o fato da maldita música do cara ter vencido. Fiquei, porém, calado. Daí me chega Eduardo Pandolphi, meu parceiro na composição concorrente, com uma cara de decepção maior do mundo.<br /><br />"O que foi, Dudu?".<br /><br />"Pádua (Antônio de Pádua, jurado do festival) acabou de conversar comigo. Ele tá extremamente puto".<br /><br />"O que foi, Dudu?".<br /><br />"Ele disse que o resultado foi arranjado, Yuno (Yuno Silva, também jurado) confirmou."<br /><br />Pois é, amigos, aí é que eu fiquei chateado de verdade. Perder é uma merda, em qualquer circunstância. Mas perder roubado é revoltante.<br /><br />Ao que consta, vejam bem (carece de uma investigação mais apurada, tô escrevendo como perdedor, não como jornalista), é que o jurado Carlos de Souza (nunca ouvi falar, não sei nem quem é) teria dado nota mínima para todos os concorrentes e nota máxima para o eventual vencedor (saindo do local destinado ao júri, o amigão Maguinho da Silva o esperava para um caloroso abraço, mas isso é detalhe). Isso de acordo com os próprios jurados. Que beleza, hein?<br /><br />É de uma desonestidade muito cara de pau, né não? Gente ruim. Gente que não presta.<br /><br />Do lado do MPBeco, fica a decepção pela falta de preparo. Até os desfiles de escola de samba são mais bem preparados. Uma medida simples, como o corte da maior e da menor nota de cada concorrente, impede safadezas como a que parece ter ocorrido.<br /><br />Eu não averiguei detalhes, repito, isso é conversa de perdedor, não de jornalista.<br /><br />E para quem acha que eu tô escrevendo isso por achar que o vencedor deveria ter sido eu, calma aí. Na pior das hipóteses, eu seria o terceiro colocado, né? Mas nem nisso acredito, havia concorrentes mais fortes e que também não ganharam nada (Lunares e Júlio Lima, só pra citar dois exemplos rápidos - tá, o Lunares levou o voto do público, mas me refiro aos prêmios de 1º, 2º e 3º lugares).<br /><br />Bem, eu juro pra vocês que quero muito estar errado. Quero muito que me respondam esculhambando, que eu sou um idiota e péssimo compositor. Um despeitado.<br /><br />Mas com provas, por favor.<br /><br />Cleo Lima.Cleo Limahttp://www.blogger.com/profile/13001640981159157399noreply@blogger.com11tag:blogger.com,1999:blog-996371969762369542.post-74152415149100264812010-08-12T12:31:00.001-03:002010-08-12T12:33:44.711-03:00Tudo começa com 1Kg de feijãoMinha mãe estava disposta a comer do pior feijão conceitual que poderia existir, um feijão dado por um político de última hora, nas primeiras circunstâncias de um ano eleitoral, porém a data favorecia. A criatura se armou de uma sacola plástica, óculos escuros, chinelas de marca (qualquer uma), um carão de humildade, e se postou na fila quilométrica; lá na frente, o político era só sorrisos, acenos amistosos, cumprimentos calorosos, apertos de mão e até abraços efusivos.<br /><br />Ela deve ter consultado o relógio do celular pelo menos cinco vezes, mas nada de chegar a sua vez; a morosidade da fila devia-se ao fator registro, cada cidadão deveria assinar um papel dando conta do recebimento. E haja assinatura; O sol de rachar esquentava as conversas e queimava as insinuações sobre a procedência do produto, mas tudo acabava em banho maria, pois a data, mais uma vez comentada, era favorável às práticas que poderiam dar na vista em um dia comum.<br /><br />Um ônibus cheio de turistas parou bem do lado da fila para pedir informação e antes que chegasse ao político bondoso, ele se esquivou numa saída estratégica para o banheiro; Os ajudantes do benévolo cidadão se adiantaram a qualquer pergunta e disseram o porquê de tamanha generosidade. Os turistas, estupefatos, perguntaram onde vendia cerveja, ou qualquer coisa que matasse a sede; Alguns ajudantes quiseram ainda dar maiores explicações, mas o motorista já dava sinais de impaciência com tamanha enrolação e meteu o pé, deixando a assistência falando sozinha. Logo o pacato e bondoso cidadão voltou à cena, ainda mais sorridente, proferindo uma parábola que não me vem à memória.<br /><br />Minha mãe passou o resto da semana sentindo os pés, o resto do mês cozinhando o feijão, mas segundo ela de consciência limpa, afinal pagara uma penintência ao entrar em fila tão grande aos 65 anos e ceder lugar aos mais idosos que ela; Além do mais não havia mal nenhum aceitar uma esmola na Sexta-Feira da Paixão.<br /><br />Quem dorme muito sossegado é o dito político, afinal é um homem bondoso, lembra dos eleitores até na Semana Santa; A consequência natural é o partido fortalecido, pronto a ajudar os cidadãos sempre com uma boa desculpa. O bom político tem variadas datas no ano, minha mãe as mesmas desculpas.<br /><br /><span style="font-style: italic;"><br /></span><div style="text-align: right;"><span style="font-style: italic;">Jaécia Bezerra de Brito</span><br /></div>Cleo Limahttp://www.blogger.com/profile/13001640981159157399noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-996371969762369542.post-84593137820604787792010-04-07T23:01:00.001-03:002010-04-08T00:22:02.117-03:00O Bem-te-vi<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjI4UerrNnZgpCo6JOw3rXtAPCwwwdhjzN-fFmkK_it6fWIGDkLK9UokT7q0hMfxpaKQomg_Uf6Q1s9d5arm4Hy_gErUvdmHhnSZe2iFtacmgNdRj3stefhbMbTjTFDCLSvzG3GkMQxa-er/s1600/bemtevi2.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 222px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjI4UerrNnZgpCo6JOw3rXtAPCwwwdhjzN-fFmkK_it6fWIGDkLK9UokT7q0hMfxpaKQomg_Uf6Q1s9d5arm4Hy_gErUvdmHhnSZe2iFtacmgNdRj3stefhbMbTjTFDCLSvzG3GkMQxa-er/s320/bemtevi2.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5457593405320020194" /></a><br /><br />Era uma vez um Bem-te-vi. Beeeem-te-viiiiiii. Ele fora concebido, chocado e nascido numa belíssima e frondosa árvore. Dessa árvore ele fez suas primeiras tentativas de vôo, e, surpreenda-se, conseguiu. Foi lá que ele construiu suas memórias. De passarinho, é verdade, mas memórias. <br /><br />E ele foi crescendo, amadurecendo, adultescendo, por que não? Sempre numa invejável simbiose com a árvore. A árvore, seus ramos, seus frutos... aquilo era sua vida. De lá, bem do alto, ele via tudo o que se passava. E a vida seguia calculada, reta, tranqüila. <br /><br />Um dia saiu a bater asas, abraçando o ar. Deu seu habitual passeio, mergulhou no riacho, tomou sol e cantarolou duas ou três melodias. “Bem-te-viiiii”. E voltou para sua casa.<br />Qual não foi sua surpresa ao perceber, na volta, a árvore cinzenta, macambúzia. No que pousou, sentiu um espinho machucar-lhe o pé. Mas resolveu deixar de lado, deitou no ninho e dormiu. Estranho mas dormiu.<br /><br />Dia seguinte, mesma coisa: Passeio, riacho, sol, melodia. E a árvore do mesmo jeito: Cinzenta, macambúzia, espinhenta. E machucou o outro pezinho. O que estava acontecendo?<br /><br />Dias vão e o Bem-te-vi não sai mais do ninho. Tem medo de se machucar mais e mais e mais. Afinal, a cada dia que passa os ferimentos vem ficando mais fundos, mais doloridos. Ele se sente mal, por não ter mais a forte simbiose com sua tão querida árvore. Seu canto não é mais o mesmo. “Tris-te-viiida”. <br /><br />Em um fim de tarde qualquer, ele desiste de ficar parado, esperando a vida passar. Sai para mais um passeio, quer ver sua linda árvore de cima, como sempre. No primeiro agitar de asas, mal se deslocara no ar, um espinho corta-lhe o pescoço delicado. Ele sente o sangue molhando as penas do peito, mas precisa continuar. Chega, finalmente, ao ar livre. Voa para longe de sua árvore, de seu espaço, seu bem-querer. Sobrevoa alto, sentindo o ar frio magoar a ferida aberta. De lá ecoa o canto de “Tris-te-vida”. Dolorido, amargo. <br /><br />O passarinho, bem, o que há de se fazer? Está lá, teimoso, esperando um milagre. Esperando que a árvore retorne ao seu encanto, suas cores bonitas, seus galhos carinhosos. Mas as forças dele parecem estar acabando... a ferida ainda aberta... E ele chora um choro baixinho de “Tris-te-vida”, sem saber se ainda consegue agüentar a dor e o cansaço ou se simplesmente fecha as asas.Cleo Limahttp://www.blogger.com/profile/13001640981159157399noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-996371969762369542.post-5538710417531070342010-04-07T22:26:00.001-03:002010-04-07T22:26:58.770-03:00Mestre Sérgio SampaioNão fui eu nem Deus<br />Não foi você nem foi ninguém<br />Tudo o que se ganha nessa vida<br />É pra perder<br />Tem que acontecer, tem que ser assim<br />Nada permanece inalterado até o fim<br />Se ninguém tem culpa<br />Não se tem condenação<br />Se o que ficou do grande amor<br />É solidão<br />Se um vai perder<br />Outro vai ganhar<br />É assim que eu vejo a vida<br />E ninguém vai mudar<br /><br />Eu daria tudo<br />Pra não ver você cansada<br />Pra não ver você calada<br />Pra não ver você chateada<br />Cara de desesperada<br />Mas não posso fazer nada<br />Não sou Deus nem sou Senhor<br /><br />Eu daria tudo<br />Pra não ver você chumbada<br />Pra não ver você baleada<br />Pra não ver você arriada<br />A mulher abandonada<br />Mas não posso fazer nada<br />Eu sou um compositor popularCleo Limahttp://www.blogger.com/profile/13001640981159157399noreply@blogger.com5tag:blogger.com,1999:blog-996371969762369542.post-2623491594135671662010-03-30T18:51:00.003-03:002010-03-30T18:56:09.063-03:00ProcedimentosAdapte-se. Essa é a receita do sucesso, tcharaaaaam.<br /><br />Invente de se impor ao meio... você dança, jovem. Dança lindo.<br /><br />Fique pianinho, guarde suas convicções pra você e pronto. Nota 10.<br /><br />Mas nunca perca o sentimento e a consciência limpa aí dentro, senão cê enlouquece.<br /><br />Saiba sempre que você só quer o bem e se esforça muito pra isso. Errado está o mundo, fazer o quê?<br /><br />E então... Ufa, respiiiiiiiire.Cleo Limahttp://www.blogger.com/profile/13001640981159157399noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-996371969762369542.post-36368955437190674572010-03-23T19:14:00.000-03:002010-03-23T19:17:21.149-03:00InfânciaInfância é nascer a qualquer momento, fazendo dele sempre o momento certo. É fazer de problemas, soluções. De tristezas, alegrias. De preocupações, alívio. De intolerância, compaixão.<br />Infância é olhar ao redor e ver o mundo. E brincar com ele. É olhar lááá em cima do guarda-roupa, tentar pegar a bola e, não conseguindo, exclamar: “Que vida difícil!”. É acordar cedo no domingo só pra sentar na calçada e sentir o sol gostoso na pele, conversando com o vento. Mas o vento não ouve. Não pode ouvir. Nem quando crescer.<br />Infância? Bem… é meio-fio branquinho, sete pecados, guaraná e ferida no joelho. É banho de chuva, de piscina, de rio, de açude, de mar, menos de chuveiro. É fim de tarde esperando papai chegar do trabalho com balinha. Tomado banho de chuveiro, infelizmente. <br />Infância é jogo de bola, pára apito, pára grito. E o menino deixa a vida pela bola… só se não for brasileiro nessa hora. É pé de jambo, de goiaba, manga, caju, laranja. É derrubar casa de abelha pra tirar mel. É correr de abelha. É briga na rua e amizade e briga e amizade e não parar nunca. É não cansar-se de cansado, para não perder a paráfrase.<br />Infância é esconde-esconde, tica, polícia-e-ladrão, amarelinha, barra-bandeira. É pé-de-moleque, chocolate, biscoito, cocada e doce de leite. É fim de semana no clube. É verdura? Nunca! Eca! Já bolinha de gude... Sim! Sempre!<br />Na infância tudo é parquinho, sorvete, circo, pipoca e alugar desenho animado pra assistir no vídeo-cassete. É aniversário, presentes, brigadeiro, cachorro-quente e mais e mais e mais presentes. É quebrar o protocolo (e o vaso) sempre: Sai já daí, olha o cinturão, olha a chinelada, olha o castigo, olha o choro, olha o tamanho do bico. <br />Infância é ficar dodói. Gripe, febre, cama, também. É beijo de boa noite, depois do leite morno. É dormir e sonhar. Acordar e viver. E sonhar de novo. E brincar, cantar, dançar, pular, fazer festa. E cair, arranhar, chorar mais. É titio, titia, vovô e vovó.<br />Infância é “Te amo, papai”.<br />Infância é “Te amo, mamãe”. <br />Infância sou eu. É você. É uma saudade que não acaba nunca. Uma saudade gostosa que dá no peito e faz sentir um cheiro de ontem. Mas, taí, esperto é o mundo, que brinca de roda até hoje, né?<br /> <br />Cleo Lima – Para Theo, Daniel, Raul, Liz e Belinha.Cleo Limahttp://www.blogger.com/profile/13001640981159157399noreply@blogger.com11tag:blogger.com,1999:blog-996371969762369542.post-44508738102071576612010-03-18T14:53:00.001-03:002010-03-18T14:53:47.481-03:00ConstataçãoViver é o suicídio dos que não têm pressa.<br /><br />twitter.com/cleofenderCleo Limahttp://www.blogger.com/profile/13001640981159157399noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-996371969762369542.post-72837591732837439902010-03-16T15:32:00.002-03:002010-03-16T15:37:51.756-03:00Percepção<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEik6JYvVGrBxyRZ-jv2iEoLoebgtzfx868waXkHBA2OaKTw5yY7146XemRSDGYjqYUXahP9_H1aidg-drNxNd_f7Enr2HgqhugazX091y6auvQOlafRvTV50xH0hHtNGoaUvPEHweqPTYf0/s1600-h/divino.jpg"><img style="display: block; margin: 0px auto 10px; text-align: center; cursor: pointer; width: 246px; height: 320px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEik6JYvVGrBxyRZ-jv2iEoLoebgtzfx868waXkHBA2OaKTw5yY7146XemRSDGYjqYUXahP9_H1aidg-drNxNd_f7Enr2HgqhugazX091y6auvQOlafRvTV50xH0hHtNGoaUvPEHweqPTYf0/s320/divino.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5449302603695727186" border="0" /></a><br />Um dia, num futuro muito distante, o céu vai estar sob nossos pés. As nuvens terão formas estranhas, vistas de cima. A brisa vai soprar e nos levar pra longe. Nós vamos ver tudo que acontece. E vamos rir, rir bastante. E então eu vou te olhar. E você vai me olhar. E, cúmplices, vamos sorrir mais uma vez, agora vendo a alegria personificada ao lado, transbordando por todos os poros. E ninguém falará nada. Vamos simplesmente dar as mãos e seguir rumo ao infinito, para dar continuidade à nossa jornada. Juntos, como nunca deixará de ser.Cleo Limahttp://www.blogger.com/profile/13001640981159157399noreply@blogger.com5tag:blogger.com,1999:blog-996371969762369542.post-75933938329688806242010-03-16T06:23:00.003-03:002010-03-16T06:30:28.985-03:00Torrente<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh8AML7c2SbwbkeD8sTk0RyRS6hQa6bhxb0NRRE23mjEQ0_d6jo_16p0_ZRw0xXSGqoMhYR2HZhctGnewL0rSfW51ghi3Fus33SCEPDBNo7e0Z7YICiohuyqaM06YvfEGwbXGB9TnM68yu-/s1600-h/decepcao.jpg"><img style="display: block; margin: 0px auto 10px; text-align: center; cursor: pointer; width: 320px; height: 240px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh8AML7c2SbwbkeD8sTk0RyRS6hQa6bhxb0NRRE23mjEQ0_d6jo_16p0_ZRw0xXSGqoMhYR2HZhctGnewL0rSfW51ghi3Fus33SCEPDBNo7e0Z7YICiohuyqaM06YvfEGwbXGB9TnM68yu-/s320/decepcao.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5449161314468803410" border="0" /></a><br /><br />Primeira experiência de escrever assim. Morto, praticamente dormindo no computador. São seis e meia da manhã e eu ainda não dormi. Vou fazer disso a reinauguração do blog. Uma reinauguração repleta de sentimentos novos. Um coração apertadinho. Uma velha novidade para os que sabem. Voltar, assim, é mais que um ato. É uma audácia. Voltar tomado por sono e um pouco de intolerância. Voltar dormindo, mas com os pensamentos a mil. Voltar com calor, esperando uma brisa soprar tranquilidade.<br /><br />É, talvez as musicrônicas não sejam mais tão serenas. Ou sejam. Mas eu tava morrendo de saudades.<br /><br />Que rufem os tambores, eu tô de volta.Cleo Limahttp://www.blogger.com/profile/13001640981159157399noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-996371969762369542.post-55588116963055336462009-12-28T17:55:00.001-03:002009-12-28T17:55:39.687-03:00Sabedoria orkutiana.Não quer que ninguém saiba? Não faça.Cleo Limahttp://www.blogger.com/profile/13001640981159157399noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-996371969762369542.post-18852752481951151482009-12-02T14:28:00.002-03:002009-12-02T14:34:03.548-03:00O que fazer?Se importar demais, eis o problema. Você quer que tudo seja sempre bom, então se esforça pra resolver todas as pendências. Mas aí você tá fazendo tempestade em copo d´água. Isso porque o certo é não dar importância a certas coisas. É errado querer manter tudo sempre nos trilhos? <br /><br />Enfim... a solução aparente? Desapego. Ihhh<br /><br />Será que rola?Cleo Limahttp://www.blogger.com/profile/13001640981159157399noreply@blogger.com6tag:blogger.com,1999:blog-996371969762369542.post-8057197484295294572009-12-01T16:06:00.002-03:002009-12-28T19:47:08.301-03:00Breve retorno - História de vida.Como assim? <br />Mas eles muito mal se olhavam!<br />Eles nem <span style="font-style:italic;">percebiam</span>!<br />Eles não imaginavam que o dia estava pra chegar...<br /><br /><br />Ela se debruça na janela, contando as estrelas prometidas. Apenas prometidas. <br /><br />*** <br />Essas aí eles não as via. Ocupado, varando mais uma noite de TV e sofá. Satisfeito com a cômoda ilusão de um amor já cotidiano.<br /><br />***<br />O céu está belíssimo, sopra uma brisa agradável. Mas que brisa inoportuna, que agita a única nuvem do cenário, perante seus olhos! Por fim, desiste de lutar e permite que a mágoa chuvosa despenque como uma tempestade no chão de concreto.<br /><br />***<br /><br />Seu braço, onde ela repousa suavemente a cabeça, começa a formigar. Fita-a com ternura quase fraternal durante longos momentos. Consegue trocar a incômoda posição e passa a acariciar docemente os cabelos daquele ser que, de tão delicado, mais parece um bibelô.<br /><br />***<br /><br />Apesar da chuva que lhe salta pelos olhos afora, ela permanece contando as estrelas. Um choro, dessa vez infantil, interrompe a cena. Ela corre a acudir a única estrela que ele fora capaz de lhe dar, dentre um universo inteiro que prometera. Estrela essa que nem lhe fora dada por vontade própria... blablablablablablablablablablablablablablablablablablablablablablablablablablablablablablablablablablablablablablablablablablablablablablablablablablablabla.<br /><br />***<br /><br />Com os carinhos, ela acorda. Olha-o primeiro assutada, depois com uma expressão aborrecida. “Será que eu não posso mais dormir?”. As palavras, inconscientemente afiadas como uma navalha, vão entrando pelos ouvidos adentro e dilaceram cada pedacinho de alma espalhado pelo corpo dele, que ainda tenta se redimir, “Me desculpe, meu bem”. “Só saia daqui e me deixe dormir”.<br /><br />***<br /><br /><br />Ela volta à janela, mas já não quer mais contar as estrelas prometidas e que, sabe, não lhe serão dadas. Aliás, mas que tolice, como acreditara que estrelas pudessem servir de regalo a alguém?<br /><br />***<br /><br />O caminho para casa é curto, porém sombrio e solitário. Pára a observar o céu. Noite belíssima. Vê aquele monte de estrelas e sente um profundo desgosto. Sabe que não adianta dar vazão ao seu romantismo. Sabe que não adiantaria nem mesmo juntar todo o firmamento em um balaio decorado com as cores do arco-íris ou as matizes da alvorada. Nada adianta. Ela foca toda a sua aguçada sensibilidade em outros interesses. O que resta é chegar em casa, ensopar o travesseiro com seus desapontamentos e colocar algo dos Beatles pra tocar, como de costume. Então...<br /><br />***<br /><br />Cansada de janela, de noite, de brisa e tudo o mais, deita, sozinha, na cama grande e fria, não sem antes dar uma última espiada no berço. O barulho da rede na sala lhe inquieta, não consegue relaxar. O jeito é ligar, baixinho, o rádio na mesinha de cabeceira. Soam os acordes de uma canção dos Beatles. Então...<br /><br />***<br /><br />Adormece. (If I fell in love with you, would you promise to be true and help me understand?)<br /><br />***<br /><br />Adormece. ('Cause I've been in love before, and I found that love was more than just holding hands.)<br /><br />***<br /><br />Os dias seguem mais ou menos assim. As variantes são mínimas. Ela já botou na cabeça que estrelas nem sequer existem. Ele tem certeza de que jamais encontrará a musa de toda a sua inspiração.<br /><br />Desistem, pois, de vez e seguem, solitários, suas estradas. Dedicam, cada um a seu modo, o tempo às amizades. Encontram-se noites adentro, sempre acompanhados por copos, garrafas e romances fugazes.<br /><br />A aproximação é mais que natural. As farras ficam mais recorrentes e exclusivas.<br /><br />***<br /><br />Nossa! Ela... bem... talvez ela seja sensível. Não aparenta, tudo bem, mas, olhando de pertinho, ela tem uma energia quente, forte. Uma energia que eu não tinha visto, ainda.<br /><br />***<br /><br />Bem, eu posso estar enganada, mas acho que vi um pedacinho de estrela nos olhos dele. Não, não pode ser. Isso não existe.<br /><br />***<br /><br />E eles já ficam muito a sós, são grandes companheiros. Um dia, juntos como de costume, ele sente aquele calor, aquela energia transbordando dela. Mas não, não pode ser. E aumenta, aumenta. A tarde anda a passos largos quando ele se vale da força do ímpeto.<br /><br />Os olhos se fecham. Quando finalmente voltam a esse mundo, já é noite fechada. E não há sequer uma estrela no céu.Cleo Limahttp://www.blogger.com/profile/13001640981159157399noreply@blogger.com7tag:blogger.com,1999:blog-996371969762369542.post-32215162844296855632009-11-01T09:00:00.002-03:002009-11-01T09:03:56.038-03:00Sem alarme, por favor.Não, ainda não é uma volta.<br /><br />Só um tempinho extra na frente de um computador. Precisava ao menos soprar a poeira dos dedos.<br /><br />Pois então, era só isso mesmo. Uma postagem sem muita necessidade. Meio "For no one".<br /><br />Beijos.Cleo Limahttp://www.blogger.com/profile/13001640981159157399noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-996371969762369542.post-14267226907248531082009-07-09T18:40:00.001-03:002009-07-09T18:42:19.773-03:00Por motivos de força maior...O blog vai ficar um tempo desativado...<br /><br />Tô sem computador, então infelizmente não vai dar pra atualizar com a mesma frequência.<br /><br />=/<br /><br />Assim que voltar, aviso.<br /><br />Valeu, gente!Cleo Limahttp://www.blogger.com/profile/13001640981159157399noreply@blogger.com9