Dadas as atuais circunstâncias, acho que não há alternativa. Ultimamente eu tenho sido bem pessoal por aqui, então nada mais justo que trazer à tona algumas constatações.
Não sei bem o porquê (mentira, sei sim), mas eu sempre fui uma pessoa carente. Quem me conhece sabe disso de cor e salteado. O que acontece? Acontece que eu, que já era carente, estou sozinho. Pela primeira vez na minha vida. Sempre morei só com papai, mas há 5 anos optei por seguir meu rumo. Tinha acabado de entrar na faculdade, ganhava meu dinheiro - ainda que pouco - e não tinha muitas preocupações. Dividi apartamento com familiares, amigos... Mas sempre me bancando.
Um pouco depois, eu, que sempre fui muito de namorar (mas nunca tinha sustentado uma relação por mais de 6 meses), conheci Juliana. Bem, foi uma experiência bem diferente na minha vida, já que ficamos quase três anos juntos. Junto a Juliana, surgiu uma necessidade de ter meu espaço reservado. Passei a morar só. E sempre bati no peito: "Morar só é a melhor coisa do mundo". Não é.
No fim das contas eu não estava só, né? Estava a uma ligação de distância. Recapitulando... eu já estava com 22 e não tinha ficado realmente só. Sempre emendando uma casa na outra, um namoro no outro. Quando me vi sozinho, no começo desse ano, faltou chão. Vocês sabem. Mas, conforme eu falei láááá no comecinho, Cleo Lima é carente. Meio mulherzinha, sabem? Eu só consegui me recuperar do tombo quando conheci outra pessoa, que foi Cátia. Aliás, nunca vou conseguir agradecer o suficiente o bem que ela me fez. Mas aí entrou em cena outra questão: Distância. Aí vocês lêem o post de baixo.
Ontem me viram triste como há muito não acontecia. Mas isso também não é assunto pra eu ficar rendendo aqui. O que há de concreto é que eu percebi uma coisa.
Tá na hora de pensar um monte de coisas e repensar outras tantas. Tá na hora de definir meu rumo, né? De tentar me acalmar uma vez na vida, que seja. De ficar sereno, coisa que nunca consegui. Que muito provavelmente nem tentei.
Só um pouquinho, deixa eu me recompor.
[...]
Eu acredito em realidades paralelas. Taí, voltei a achar minhas semelhanças com mamãe. Na verdade nós vivemos num sonho. Quando vamos dormir é que voltamos à realidade. A única comunicação entre os mundos paralelos é o espelho. Nele você enxerga o outro lado, mas, paradoxalmente, ao mesmo tempo que ele te deixa ver seu outro eu, não permite a interação entre você e você. É uma pena. No momento eu tô concentrando meus esforços em trocar de lugar com o outro Cleo. Não sei se ele toca guitarra ou escreve razoavelmente, mas as poucas lembranças que trago da minha vivência através dele, nos sonhos, me mostram um cara que eu invejo. Um cara que eu queria trazer pra essa realidade de cá e apresentar pra vocês. Talvez o pessoal das bandas e os leitores sintam um pouco de falta desse eu, no começo, mas logo todo mundo acostuma.
Não é hora de olhar pra frente, definitivamente. Pra trás, muito menos. É hora de olhar pra hoje. Pra dentro. Pro espelho. Não é hora de fazer planos, Cleo. No mááááximo pro fim de semana.
Vamos lá, que a vida não pára.
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8 comentários:
:~
Ei seu "velho carrancudo"!
a vida ñ acaba onde termina, Recomeça.
É meu Caro Amigo...
Serenidade para essa alma-coração.
Aprenda a caminhar sozinho. Faz bem!
=***
Quero gostar desse cara tb... =(
e
muito bonito isso: Na verdade nós vivemos num sonho. Quando vamos dormir é que voltamos à realidade.
=/
Ficar sozinho faz bem, mas faz um mal danado.
Em breve vc encontrará uma mocinha de coração puro, para encher sua vida de amor...
Ou não!
Beijo!
Fugindo um pouco dos comentários acima: você está escrevendo muito bem.
AH, força. Vida que segue
=)
A inquietude é o que nos move. Prefiro ser uma pessoa insatisfeita, inquieta e me mexer sempre para mudar o que me incomoda do que ser - ou melhor, "estar" - plenamente feliz. Felicidade plena não existe, significa que tem algo de errado.
P.S.: seu blog é o que há. Obrigada por abrir sua janela pra gente! :)
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