quinta-feira, 30 de abril de 2009

Sobre um dia excelente



Ontem foi um dia bacana. Tinha ligado pra Thulio (meu primo), reclamando que fazia meses que a gente não se via. No fim das contas, ficou resolvido: Vamos tomar uma cerveja? Má...

Então tivemos a brilhante idéia de ir ao Bar do Lucas (ou Lucas Bistrô, como queira). Rapaaaaz. Reunião digna de Davos. Poderia ter sido lá, né? Se bem que lá não teria a carne de sol. Esquece.

Bom, chegando ao recinto, logo de cara avistamos a “alma nobre” Diego Montilla, devidamente acompanhado por Thiago, que conheci ontem, e Cláudio, conhecido internacionalmente através da alcunha de “Saco de Bosta”. E foram chegando mais. Delano, Rafael, Léo, LARISSA... Enfim, terminamos com a reunião dos 3 cavaleiros do apocalipse: Saco de Bosta, o Gago e eu. A tríade da redonda.

Dessa confraria não podia sair coisa boa, obviamente. Logo de cara, Saco de Bosta, observando a aliança no dedo de Thulio, disparou: “E esse omi já é casado?” Ao que Thulio respondeu prontamente: “Sou, pô.” E Saco: “Contra quem?”. Sublime.

E ainda surgiu a história do cidadão que, num feriadão na casa dos pais da namorada (numa longínqua cidade do interior), pegou a moto do sogro, protagonizou uma belíssima queda, deu uns pegas numa “mulher de vida fácil” (altos beijões de língua, em plena pracinha central, disseram) e, quando questionado por sua digníssima senhora acerca dos ocorridos, perdeu a paciência e desceu-lhe a mão nos cornos. É a vida...

Infelizmente, hoje em dia somos todos muito cheios de obrigações. Thulio foi buscar a esposa na universidade e eu tinha ensaio. Peguei carona com Léo, a bordo do fuscão, e passei em casa pra pegar meus equipamentos. De lá, tomamos mais uma cervejinha, que é de lei, pra dar aquela lavada. Em tempo: Léo, assim como eu, é de Acari. Resultado: Liguei pra mamãe, só pra dizer que estava tomando umas com um amigo conterrâneo (não se assustem, o povo da cidade mais limpa do Brasil é assim mesmo). Aí já passei o telefone pra Léo, que ficou um tempão conversando com mamãe: “E fulana, conhece? ooooomi, é muito minha amiga!”. Típico.

Depois do ensaio, apesar do sono (já passava das 23h), ainda tive ânimo pra ligar pro coletivo de imundos e saber se alguém ainda topava continuar o vira-copismo. Nem água, todos uns moles. Findei em casa, sozinho, tomando a saideira pendurado no telefone. Grande dia.

Bom, eu poderia ter ficado horas aqui discorrendo sobre questões metafísicas, sobre a dialética da hermenêutica contemporânea (seja lá o que isso signifique) ou sobre a gripe suína. Mas não... Apesar de não ser muito desse perfil “blog-diário”, o dia de ontem mereceu. Concordam?

Ah, vamos beber!!!!

Update - Na foto: Eu, o Gago e Saco de Bosta.

quarta-feira, 29 de abril de 2009

Músicas de quarta

Quase que eu esquecia de colocar a música, hoje. Ah, tô mau-humorado, nem vou escrever muito... Detesto emendar duas "Músicas de quarta", mas tô totalmente sem tempo. =/

O rapaz aí da foto se chama Pat Metheny. Eu não sei que raio de instrumento é esse que ele tá tocando. Parecem vários violões em um... Ele é um dos maiores guitarristas de todos os tempos.

Em tempo: A música de hoje é dele, instrumental e se chama "As it is". Link nos comentários.

quarta-feira, 22 de abril de 2009

Músicas de quarta


Nem vou falar muito. Herbie Hancock e Joni Mitchell (foto). Summertime, clássico absoluto. Música para fazer amor. Põe ela no repeat. E haja vinho.

Herbie Hancock e Joni Mitchell - Summertime

Summertime,
And the livin' is easy
Fish are jumpin'
And the cotton is high

Your daddy's rich
And your mamma's good lookin'
So hush little baby
Don't you cry

One of these mornings
You're going to rise up singing
Then you'll spread your wings
And you'll take to the sky

But till that morning
There's a'nothing can harm you
With daddy and mamma standing by

Summertime,
And the livin' is easy
Fish are jumpin'
And the cotton is high

Your daddy's rich
And your mamma's good lookin'
So hush little baby
Don't you cry
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Ah, essa música... Ah, aquelas noites... Link nos comentários!

sexta-feira, 17 de abril de 2009

Só de ruim

Titia acaba de me ligar: "Tô aqui com seu avô e sua avó, comendo uma tapioca beeem quentinha, que chega estrala no dente."

Nostalgia pura. Me veio um Sá, Rodrix e Guarabyra, na cabeça:

"Até mais ver, teto sem forro. Até mais ver, telha de barro. Até mais ver, vento das onze da noite. Flor de pimenta, carne de sol, pomba cinzenta, gente morena e vivida... até mais ver, sertão."

E eu vou ficar na vontade, é? Vou nada...

Então tá. Eu já terminei o que tinha pra fazer aqui na rádio. Vou passar lá na padaria agora, antes de ir pra casa, e comer tapioca tomando café com leite. Moooorram de vontade.

É, eu enlouqueci. =)

Já era.


Más notícias... me olhei no espelho, agora... Gente, eu enlouqueci.

Estou com cara de louco, de psicopata. Cuidado, posso inaugurar minha loucura em você. Fique esperto.

quarta-feira, 15 de abril de 2009

Músicas de quarta


A(s) música(s) de hoje foi(foram) retirada(s) do disco Come Taste the Band, do Deep Purple. O álbum aí em cima surpreendeu muita gente, já que trazia o jovem guitarrisa Tommy Bolin no lugar de Richie Blackmore. Quando o Blackers anunciou que estava fora, a turma ficou com o pé atrás, já que o cara era a alma da banda e tal... bom, nem tanto. Come Taste the Band consegue manter (pra não dizer superar) o nível que a banda vinha apresentando.

Vamos à canção do dia, que na verdade são duas: Começando temos "This time around", belíssimo R&B cantado pelo Glenn Hughes, acompanhado pelo piano de Mr. Jon Lord. Ela vem emendada com "Owed to G", petardo instrumental de autoria do djovem (é, djovem mesmo =P) Tommy Bolin. Imperdível.

Deep Purple - This time around

The world around us hangs in doubt
You face a crime that we'll hear about
To pay the cost would never be the same
Eternal lovers we're not to blame
There's no mistake there's no refrain
The same surroundings that stood
Are here again this time

As I look around you can't be found
To lose you I'd rather see
The endless time of space go passing by
This time around
This time around
So look around we all will be found
In love

The world around us hangs in doubt
You face a crime that we'll hear about
To pay the cost would never be the same
Eternal lover you're not to blame
There's no mistake there's no refrain
The same surroundings that stood
Are here again this time

As I look around you can't be found
To lose you I'd rather see
The endless time of space go passing by
This time around
This time around
To lose you I'd rather see
The endless time of space go passing by
Fly
By
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Link nos comentários. =)

segunda-feira, 13 de abril de 2009

A história de Jimmy.


Hoje eu vou contar a história de Jimmy, a mariposa macho (não sei se existe "mariposo". Enfim...) que mora lá em casa. Antes de qualquer coisa: Não, eu não tenho um zoológico, acontece que nesse tempo de chuva é normal aparecerem mariposas, correto? E Charles... bem, desisti de escrever sobre ele. Só vou dar a boa notícia, ele voltou! Ontem mesmo avistei o danado correndo em cima do meu sofá.

Voltando a Jimmy, vocês devem se perguntar como eu sei que ele é macho. Oras, eu não sei. Mas botei na cabeça que é e pronto. Principalmente depois de observar os ocorridos recentes.

Dia desses estou eu deitado na minha cama, ouvindo meu vinil do Focus (Moving Waves) - a propósito, comprei uma vitrola. Depois falo sobre - quando, de repente, entra Jimmy todo sorrateiro. Percebi que seu vôo estava diferente, gracioso. Nem sequer ficou rodeando a lâmpada, como de costume. Fiquei um tempão observando aquela criaturinha, que se comportava de maneira tão singular naquela noite fria. Ficou ali, como quem tem um segredo e precisa muito compartilhar com alguém. Só que eu ainda não sabia, nesse dia, falar com mariposas. Só pude observar.

Os dias foram passando e eu percebi que Jimmy aparecia, agora, sempre acompanhado de uma outra mariposa adulta, que eu imaginei logo ser uma fêmea. Chamei-a de Vênus, não me perguntem o motivo. O fato é que Jimmy e Vênus agora andavam juntos. Notei, ainda, que tinha uma mariposinha-filhote andando às voltas com os dois.

"Já sei!", pensei. "Jimmy casou. Agora vai querer trazer a família pra morar aqui, quer ver?". Não que eu fosse me incomodar, claro. Mas enfim... fui pego de surpresa.

Esses bichos tem uma sensibilidade fora do comum. No outro dia, enquanto eu tomava minha sopinha noturna, Jimmy apareceu sozinho, num vôo pesado, preocupado. Chegou pertinho de mim e pousou no meu ombro. Aí eu descobri que conseguia me comunicar com mariposas. A primeira coisa que ele me disse foi que eu estava certo, ele era macho. Outra: Disse que os da sua espécie lêem pensamentos, ou seja, sabia tudo que eu tinha pensado nos dias anteriores, se sentindo obrigado a vir conversar comigo. Disse que aquela não era sua esposa, mas, sim, uma amiga. Contou-me que não precisava me preocupar, ele não iria trazê-la pra morar com ele. Pelo menos por enquanto.

Na hora percebi tudo... Olhei pra ele sorrindo, que retribuiu (imaginem o sorriso de uma mariposa...). Tava nascendo uma história diferente ali, com a Vênus. Uma paixão, quem sabe. Depois disso, disse a ele que podia ficar tranquilo, tinha meu total apoio e minha torcida incondicional. Ele, então, levantou vôo (já com a graciosidade de volta) e ia saindo pela janela quando parou de repente, pousou no parapeito e pediu:

"Amanhã eu vou trazê-la aqui de novo, você pode pôr aquele vinil do Focus?"

Claro, Jimmy. Boa sorte.

quarta-feira, 8 de abril de 2009

Músicas de quarta

Hoje me deu uma doideira. Resolvi postar uma música beeeeeem antiga... saca aquelas trilhas sonoras do Picapau e do Tom&Jerry? Pois é, isso aí, Andrew Sisters, é naquele naipe. Bem que elas podiam ser mais bonitinhas, né não? =)

Andrew Sisters - Rum and Coca-cola

If you ever go down Trinidad
They make you feel so very glad
Calypso sing and make up rhyme
Guarantee you one real good fine time

Drinkin' rum and Coca-Cola
Go down Point Koomahnah
Both mother and daughter
Workin' for the Yankee dollar

Oh, beat it man, beat it

Since the Yankee come to Trinidad
They got the young girls all goin' mad
Young girls say they treat 'em nice
Make Trinidad like paradise

Drinkin' rum and Coca-Cola
Go down Point Koomahnah
Both mother and daughter
Workin' for the Yankee dollar

Oh, you vex me, you vex me

From Chicachicaree to Mona's Isle
Native girls all dance and smile
Help soldier celebrate his leave
Make every day like New Year's Eve

Drinkin' rum and Coca-Cola
Go down Point Koomahnah
Both mother and daughter
Workin' for the Yankee dollar

It's a fact, man, it's a fact

In old Trinidad, I also fear
The situation is mighty queer
Like the Yankee girl, the native swoon
When she hear der Bingo croon

Drinkin' rum and Coca-Cola
Go down Point Koomahnah
Both mother and daughter
Workin' for the Yankee dollar

Out on Manzanella Beach
G.I. romance with native peach
All night long, make tropic love

Next day, sit in hot sun and cool off

Drinkin' rum and Coca-Cola
Go down Point Koomahnah
Both mother and daughter
Workin' for the Yankee dollar

It's a fact, man, it's a fact

Rum and Coca-Cola
Rum and Coca-Cola
Workin' for the Yankee dollar

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Essa é pra ouvir tomando umas, hein? Só não me venham com Cuba Libre, que eu detesto. Link nos comentários!

terça-feira, 7 de abril de 2009

Como diria seu alter-ego...


Vou roubar tua respiração e guardar num frasco, pra só soltar à noite, no meu pé do ouvido.

sexta-feira, 3 de abril de 2009

Uma prece.


O Senhor. É, o Senhor mesmo! Eu sei muito bem que estás aí, Senhor. Sei que acompanhas diariamente meu blog. Só pode, não há outra explicação.

Explico: Cheguei à conclusão que Deus é meu leitor assíduo. E, através do que escrevo, Ele vai desenhando os meus passos, tenho certeza. Ele achou nos meus escritos um mapa simples e detalhado da minha existência, economizando, assim, o tempo que seria eventualmente perdido, observando o que eu apronto aqui embaixo.

Outra: Nunca se iludam, Deus adora testes. Comigo não é diferente, talvez até pior. Parece até que estou vendo Aquele velhinho bonachão de pijamas em frente ao grande computador celestial, lendo minha crônica anterior. A do sorriso.

“Hmmm, finalmente, hein, moleque? Mas peralá... vamos ver se é isso tudo mesmo...”

Senhor, eu até entendo o Teu lado. Entendo que testes às vezes são necessários. Só peço uma coisa, Meu Velho... tente criar situações um pouquinho menos embaraçosas, combinado? E nem vem com essa de “Ah, mas o Deus aqui sou eu, faço como eu quiser”. Pensas que eu não sei que ficastes às gargalhadas, olhando a minha cara de susto? Tudo bem, eu devia estar engraçado mesmo, com aquele sanduíche na mão e a cara de assombro. Hahahahahahahahahaha. Mas pega mais leve na próxima, Senhor. Já imaginou se eu me engasgo e vou aí pro Teu lado mais cedo que devia?

Tudo bem que depois, em sonho, me apareceste explicando tudo. Gostei de saber que ficaste feliz, por eu ter passado na Tua prova. Mas, deixa eu Vos contar, eu já sabia que seria assim. Graças a Ti.

Amém.

quinta-feira, 2 de abril de 2009

Um sorriso


É o que eu trago no rosto agora. Enorme. É o fim da tormenta, é a redenção. Depois dessa chuva toda, o sol apar... Pára, pára! Além disso aí ser muito clichê, eu adoro chuva. E o meu sorriso foi esculpido por cada gota que caiu. O peito respira de novo, compassado. Os acordes aparecem com mais facilidade, além de eu estar assoviando incrivelmente melhor.

Tem coisas que só uma tarde no sítio pode proporcionar, como inspiração para musicas e crônicas. Musicrônicas. Rá! Um alpendre ventilado, uma rede e um querer-bem. Uma família belíssima. Pai Pedro, Mãe Daguia e suas quatro filhas. E seus quatro genros, todos em volta da grande mesa, ao pé da enorme janela, que, volta-e-meia, emoldura um galo-de-campina ressabiado. Um meio de tarde onde os passarinhos começam a voar baixo e o vento sopra um friozinho. Uma nuvem rouba a serra do Bico-da-Arara, anunciando a chuva que eu tanto gosto. Aí é café bem quente com bolo, lá na cozinha. Cada pingo que vem do céu parece uma lata d´água. E o café bem forte.

Tem coisas que são assim, simplesmente. Um adormecer, depois de ver o sol sumir por detrás das cordilheiras. Um ninho de beija-flor no algodoeiro, com dois filhotinhos. Mamãe não gostou da espiada e apareceu, corajosa. Pé de azeitona, aqui vai ter um açude. O caminho de volta com o rosto gelado e a noite chegando. Hapiness is a warm gun. E olhe que essa noite nem teve estrelas, para que a gente pudesse imitá-las.

quarta-feira, 1 de abril de 2009

Músicas de quarta


Mais uma pra apresentar a vocês... Hoje é uma banda argentina chamada Soda Stereo. Tem uma música deles que vocês conhecem, tenho certeza. Uma que o Capital Inicial e o Paralamas fizeram versões, "De musica ligera". Enfim... essa aqui é bem diferente, está no acústico MTV da banda. Com vocês, "Té para tres":

Soda Stereo - Té para tres

Las tazas sobre el mantel
la lluvia derramada...
un poco de miel
un poco de miel
no basta
El eclipse no fue parcial
y cegó nuestras miradas
te vi que llorabas
te vi que llorabas
por él
Te para tres
Un sorbo de distracción
buscando descifrarnos
no hay nada mejor
no hay nada mejor
que casa
Te para tres

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Espero que gostem. Link nos comentários.
 
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