sábado, 28 de fevereiro de 2009
Sem palavras.
Mas nem isso dá conta do que eu tô sentindo.
É pra aprender.
quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009
Músicas de quarta
Depois falo mais alguma coisa!
Link nos comentários.
sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009
quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009
Quem diria...
Mas é verdade.
Quem diria que... ó, Carpinejar é legal!
Roubei uma resposta dele numa entrevista. Querem ver? Faço de conta que foi comigo.
E aí, Cleo, prefere a noite ou o dia?
Manhã e noite para escrever.
Manhã porque estou tão disposto que posso me dominar.
Noite porque estou tão cansado que não vou mentir.
quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009
Músicas de quarta
Mutantes - Le premier bonheur du jour
Le premier bonheur du jour
C'est un ruban de soleil
Qui s'enroule sur ta main
Et caresse mon épaule
C'est la souffle de la mer
Et la plage qui attend
C'est l'oiseau qui a chantée
Sur la branche du figuier
La premier chagrin du jour
C'est la porte qui se ferme
La voiture qui s'en va
Le silence qui s'instale
Mais bien vite tu reviens
Et ma vie reprend son cours
Le dernier bonheur du jour
C'est la lampe qui s'éteint
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Essa música está no primeiro disco dos Mutantes. Nada menos que fenomenal. Link para download nos comentários!
domingo, 15 de fevereiro de 2009
?
Vamos passar uma borracha nessa sombra!
Topa olhar o céu e não ver lua?
Respirar é até bom, mas não se acostume.
Olhe bem pra mim, o que vê?
Olho bem pra mim, o que vejo?
E eu sei?
Eu não vejo nada!
Só tenho olhos pra uma coisa...
Apenas e tão somente uma.
É só uma pequena chave. Só.
E qual das portas ela abre? Boa pergunta.
Permita-me, pois, tentar.
Uma hora a porta certa abre, tenho certeza.
Apesar da audácia pseudo-poética (de qualidade mais que duvidosa)
Aceite-me pela intenção.
Sabe... do resto já estou cheio.
Mantenha-me quente.
Assim eu não reclamo, prometo.
Assim eu aceito o verde do céu e o frio do sol.
quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009
Músicas de quarta
Los Tres - Déjate Caer
Déjate caer
La Tierra es al revés
La sangre es amarilla
Déjate caer
El viento ya no sopla
La boca bien cerrada
Amárrate los pies
Piensa en tu madre
Y déjate caer
Mira al Cielo ceder
Y a la Tierra después
Vuelve a creer
La sangre es amarilla
Déjate caer
Las olas ya no mojan
La ira de las rocas
Amárrame otra vez
Un beso a mi madre
Y déjame caer
Mira el Cielo ceder
Y a la Tierra después
Vuelvo a creer
La sangre es amarilla
Déjate caer
Consuélame otra vez
Porque no pienso volver
El suelo tiene sed
La vida es imprecisa
déjate caer
Las horas no demoran
A mi alma desertora
Explícalo muy bien
Se abre la tierra
El cielo está a mis pies
Avise aí, se gostou!
segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009
Anacronismo é veneno?
Esse lance de ser muito à moda antiga é complicado. Por um lado, você acaba conhecendo as coisas em sua essência. Parece ser tudo muito mais bonito, né? Eu pelo menos acho. As coisas cheiram a novidade, mesmo tendo mais de 30 anos. Falando em cinema, por exemplo... O cara assiste a um filme como, sei lá, “Um estranho no ninho”... Parece totalmente inovador! Inovação passou a ser sinônimo de efeito especial, nos filmes novos.
Música então... nem vou me alongar, que aí é covardia. Tem exceções? Tem. Tão poucas que nem vou perder tempo listando. É completamente estranha a sensação de ouvir o Sgt Pepper´s, por exemplo. Parece que aparece (parece-aparece... legal, né?)um detalhe diferente a cada audição. E nem é exagero. Mas deixa quieto, que aí eu sou suspeitíssimo. Como diria Itaércio (é, ele de novo), eu tô voltando de Woodstock a pé.
Pois é, se por um lado tem essa coisa bacana e tal, por outro o cara pode se ferrar muito fácil. Eu, por ser um eterno apaixonado pelas coisas antigas, aprendi isso do jeito mais doloroso. Quando essa mania começa a invadir o seu jeito de ver as coisas e seu comportamento... Conselho de amigo: Vá ser moderno! Largue de anacronismo besta. A única possibilidade de você não se dar mal é achar alguém que também seja metido a velho. Ou propriamente velho, na pior das hipóteses.
Ter uma visão antiga sobre os relacionamentos pode ser mortal... Acabo caindo naquele lance de casamento, namoro e “ficadas” (Pô, nem queria falar nisso, mas o texto me trouxe). Parte clichê do texto: Antes casamento era pra vida toda. Blablablablablabla. Hoje? Hoje não! Blablablablablabla.
Sendo mais objetivo, o lance é que a modernidade trouxe muito comodismo para as relações, sabe? Antes rolava aquela parada de dar valor ao que o padre fala lá no altar, de “na alegria e na tristeza, na saúde e na doença”. Essas coisas. Se duas pessoas estavam juntas, isso valia pra todas as situações. Por mais difícil que um problema parecesse, o casal se juntava para resolver a dois. Tá, nem sempre. Mas na maior parte das vezes, sim.
O que a modernidade fez? Trouxe o egoísmo pras relações. O cidadão casou não faz um ano. Aí na primeira briga séria ele olha pra esposa e manda: “É... não dá mais certo. Fica cada um no seu canto, que é melhor.” E a esposa, chorando: “É. Vai ser melhor”. E pronto, acabou-se.
Mas pera lá! Não era na alegria e na tristeza? Na saúde e na doença? E não foi aceito pelas duas partes? Ora, mas que coisa! Em minha anacrônica opinião, problemas devem ser resolvidos. Não ignorados.
Mas quem pensa assim provavelmente vai levar umas pancadas da vida. A tendência é essa, agora. Modernidade. Por isso eu digo: Seja moderno enquanto pode! Ou você quer se juntar a mim, voltando de Woodstock a pé com o coração doendo?
sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009
domingo, 1 de fevereiro de 2009
A menina dos olhos de sol
A conheci ainda sem os olhos de sol. Faz um bom tempo, já. Era uma tarde esquisita, com pessoas esquisitas e uma situação engraçada. E nada mais. Mas já ali deu pra notar que algo diferente se manifestava, a astronomia parece ter começado a revisar seus conceitos naquelas escadas.
Tempos depois. Aí sim. Mentira? Foi. Mas sei lá... se existem mentiras honestas, lá estavam. E aquela criaturinha gasguita tinha um brilho diferente na vista. A cor dos olhos até hoje não sei. Mas tinham uma coisa forte, um calor. E eu hipnotizado, desconcertado, quase criança: Posso? Pude.
Coisa mais estranha... era um tal de não sair da cabeça. Tanto pensar, tanto. Meu aniversário tava perto e eu não ganhei bolo. Mas ganhei um presentão da vida. Os olhos já eram de sol. E logo eu, que andava tão nublado...
É incrível, né não? Um par de bochechas infladas move moinhos. Uma fisionomia tão “coisinha delicadinha”... Os traços finos, a voz aguuuuda, um sorriso de céu em noite bonita. Quando misturou o sorriso com o olhar... Não teve como segurar, eram os olhos de sol e o sorriso de céu estrelado. Era o paradoxo. A beleza do dia perfeitamente casada com o charme da noite. Ao mesmo tempo. Nossa...
O temperamento... É, eis um ponto. Exatamente a medida de um siri enlatado. Mas nem isso ia servir de empecilho pra o que estava acontecendo. Toda de branco, um vestido que eu nem gosto: Espera por mim? Espero. E a espera não durou nada, nos entregamos.
Fomos Danilo e Aninha, Johnny e June, Alex e Sophie. E a cada safra de personagens, era como se o amor se renovasse. Os olhos de sol a pleno vapor e um planeta que orbitava ali, feliz da vida.
Como em toda relação entre astros, ora periélio, ora afélio. Mas até no afélio a atração gravitacional se impunha assustadoramente.
E quantas lágrimas! É estranho, pensar que olhos de sol possam chorar. Mas choram. E terminava sempre tudo bem, sempre com o calor, sempre “bem que se quis”. E vem pra perto, vem. Aqueles abraços. Ah, aqueles...
E o tempo passa, né? Como passa... Afélios, periélios e o brilho forte do sol. Um ano, dois... E aí, durante um período desses, eis que acontece algo. A gravidade joga contra e, de repente, o sol já não brilha tanto. O planetinha fica sem aquela energia quente, sem luz. Perdido, vagando por aí sem o calor do astro-rei.
Sozinho, o planeta pensa: “É... acho que esse afélio tá demorando demais. Tá na hora de fazer o retorno”. Mas aí... Aí o sol já não brilhava. No sign of love behind the tears. E o planetinha desabou, mudou seu eixo de rotação, entrou em parafuso.
A última esperança fora cortada textualmente. Em que ia se apoiar agora? Então ficou decido que era hora de se soltar pelo espaço. Quem sabe nessas andanças não aparecia uma estrela que aceitasse um planeta em sua órbita? E então o planeta se organizou de novo, agora tinha um foco. Estava resolvido. O ânimo, pode-se dizer, vinha num crescente ótimo.
Aí veio um interlúdio. Permita-me:
Quero que você me faça um favor
Já que a gente não vai mais se encontrar
Cante uma canção que fale de amor
E seja bem fácil de se guardar
Meu amor o que eu sou todo mundo vê
Me perdi me esqueci dentro do seu mundo procurando a vida com você
Mesmo que as pessoas lembrem de nós
Mesmo que eu me lembre dessa canção
Não vai haver nada pra recordar
Nada que valeu, que houve de bom
Meu jardim seu quintal sempre a mesma flor
Hoje não cada um dentro do seu mundo navegando contra a solidão
Não bastasse, acontece um encontro casual. E veja só: olhos de sol! E que coisa mais linda. Estonteante. Apaixonante. O planeta, que já cuidava das cicatrizes, sente aquele calor por perto, mesmo que só por alguns instantes. E como é bom, que sensação maravilhosa.
E hoje. Agora falo pelo planeta. Tantas palavras que martelaram minha cabeça o dia inteiro... Tenho absoluta consciência de que o texto está muito aquém das minhas capacidades, literariamente falando. Desorganizado, mal construído. Mas foi mais uma lição aprendida. É impossível pensar de maneira organizada com esse vendaval interno. O que está aí foi simplesmente despejado nas teclas. Mas é louvável a espontaneidade que transborda de cada linha do que está escrito. Enfim...
Ah, menininha dos olhos de sol... Se você soubesse...