sexta-feira, 26 de junho de 2009

Sinais de mudança

Esses dias ganhei um concurso literário. Até coloquei aqui no blog, vocês bem sabem. Um “Para ler com os olhos fechados” desses ficou em primeiro lugar numa seletiva de micro-contos. Jóia, né? Pois bem, ontem fui à PotyLivros retirar meu prêmio, que era uma quantia x em mercadorias a ser retirada em qualquer uma das lojas da mencionada rede.

Detalhe número um: Todo mundo aqui sabe que eu sou músico, correto? Pra quem não sabe: Sou músico. Detalhe número dois: A PotyLivros, apesar do nome, não vende apenas livros. O espaço das lojas também comporta um café, uma revistaria e uma seção de áudio/vídeo.

Eu mal coloquei meus pés dentro da livraria e já vinha maquinando esta crônica. Seria, no mínimo, um contra-senso... Eu retirar a premiação, conquistada num concurso literário, toda em discos, né não? E eu tava decidido a isso mesmo. Nossa.

Então... passei em frente a uma das estantes de literatura brasileira. Primeira visão: Dalton Trevisan... hmmm, um disco a menos. Andando mais um pouco, esbarrei com o letreiro: “Biografias”. Jimi Hendrix. Dois discos a menos. Girei nos calcanhares e parei na direção de onde ficam os cds e dvds. No meio do caminho tinha um Fernando Sabino. Tinha um Fernando Sabino no meio do caminho. De lambuja ainda teve um “Os cem melhores contos brasileiros”. Pois não é que eu saí de lá sem um cd na mão, sequer? Tive, inclusive, que pagar a diferença de preço dos livros, já que minha premiação não dava para os quatro.

Eu não digo é nada. Daqui a pouco eu vendo minhas guitarras e compro uma máquina de escrever. E fitas, né? Máquinas só funcionam com a fitinha de tinta.

Para ler com os olhos fechados

Sentado numa pedra, no alto de uma serra, contemplando o Gargalheiras. 5 da manhã, mas sem sono. O sol se desprende das cordilheiras, trazendo um pouco mais de cor. Sentindo o calor agradável na face. A melhor música tocando no mp3 player. Um beijo de língua. Com amor, carinho, piercing e um gostinho de café.

Feche os olhos.

Até mais ver.

quarta-feira, 24 de junho de 2009

Músicas de quarta

Free - I´ll be creeping

If You Are Tryin' To Screw Me Baby
take My Advice
opportunity Baby, Never Knocks Twice
if You Are Tryin' To Fool Me Baby
don't Play Around
'cos When I Get To You Baby
i Wont Make No Sound
'cos I'll Be Creepin'
i'll Be Creepin' Baby

i'll Hold You In My Arms
like Nobody Else
and When I Know We're Apart
i Wont Take No Less.

take All You Things And Move Far Away
take All Your Furs And Rings Baby
but Don't You Sing Hurray
you Can Change Your Address
but You Wont Get Far
don't Make No Difference Wherever You Are
yeah 'cos I'll Be Creepin' Baby
and I'll Be Creeping 'round Your Door

i'll Hold You In My Arms, Like Nobody Else
and When I Know We Are Apart, I Wont Take No Less

i'll Hold You In My Arms, Like Nobody Else
and When I Know We Are Apart, I Wont Take No Less

take All You Things And Move Far Away
take All Your Diamond Rings Now Baby
but Don't You Sing Hurray
you Can Change Your Address
but You Wont Get Far
don't Make No Difference Baby Wherever You Are
yeah 'cos I'll Be Creepin' 'round Your Door

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Link nos comentários.

sexta-feira, 19 de junho de 2009

Texto convidado: Sheyla Amaral

Sheyla é uma colega de blog que conheci através daqui. Creio que seja gaúcha. Os textos dela são fantásticos, realmente fantásticos. O que eu trouxe pra vocês é o seguinte:

Billie Rubina

Billie era dessas garotas que não esquecemos nunca mais. Tinha uma risada gostosa e andar sinuoso e ria ainda mais, quando percebia que prendia olhos com seus quadris. Billie só gostava de caras maus e perigosos. Andava nas garupas de motocicletas envenenadas de shortinho e mini-blusa, fumando com sua boca carnuda e olhar que de tão ingênuo chegava a ser pernicioso.

A voz rouca cantava alto enquanto pintava as unhas dos pés com o disco na vitrola no volume máximo. Ah, ela sabia o que causava. Brigas, confusões, ataques de ciúmes, violência. Ela gostava de ser agarrada pelos cabelos da nuca por seu garoto mau e apertada contra a parede com palavras rudes ditas num hálito masculino e etílico em sua orelha; gostava de acordar e ver aquelas marcas em sua pele; arrepiava o bico dos seios e se sentia a mulher mais mulher que já pisou na Terra.

Billie gostava de beber até tarde e dormir quando amanhecia. Não havia horários para ela e tudo era dividido simplesmente em dias e noites. E eram as noites que ela mais ansiosamente aguardava! O dia passava preguiçoso, apenas para sua preparação para a próxima aparição na noite enfumaçada de um bar qualquer. Ali ela sabia, seus olhos brilhavam mais, sua pele ficava mais acetinada pela luz suave, sua boca mais vermelha e seu corpo mais sexy do que qualquer uma que lá estivesse.

Billie se embriagava imaginando que poderia ser como uma vamp de capa de revista, de pernas longilíneas e olhar sedutor. Queria viver uma cena de filme noir todas as noites. Beijar todos os homens e imaginar que todos eles lhe pertenciam para no final, mandá-los embora feito cachorrinhos.

Secretamente, ela aguardava um em especial, que entraria pelo bar com um cigarro no canto da boca, vestindo uma capa de chuva e tirando o chapéu, a olharia diretamente nos olhos, dizendo “todo mundo é idiota de alguém”* e a tomaria nos braços, com beijos inebriantes.
Mas, quando Billie Rubina acordou, já havia passado tanto tempo e ninguém a procurou em bar algum e suas pernas, bem como seu traseiro, já não eram mais como antigamente. Seu olhar já estava amarelado e puxa, estava urinando feito chá preto!

Billie já não cantava tão alto e decidiu que não esperaria por seu homem, ele não viria. E mesmo que viesse, por Deus, ele não a beijaria com esse dente faltando! Billie se olhou novamente no espelho do banheiro, limpando com a mão o vapor d’água. Suas mãos estavam tão envelhecidas, as unhas descascadas. Bem, a esclera já estava mais branca, podia sair e tomar alguma coisinha por aí. Afinal, sempre tem um homem solitário precisando de uma mulher, mesmo que ela seja amarela.

Sheyla Amaral

Pra conhecer mais escritos de Sheyla Amaral, acesse o Soul Musical.

Para ler com os olhos fechados - convidado: Fernando Sabino

Não me contive... preciso escrever isso, aqui.

...na lembrança daquele amor que soprou sobre ele envolto em brisa num dia de mocidade quando passeava com ela num jardim.

Fernando Sabino

Feche os olhos.

Até mais ver.

quinta-feira, 18 de junho de 2009

Mais uma...

Não perca: Em 2010, jornalismo na Microlins!!

Frase convidada: Marcelo (Panela) Tavares.

"Se faltar papel higiênico eu tenho um diploma".

Jornalista sofre.
 
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