quarta-feira, 1 de julho de 2009

A aposentadoria do imprevisto


Já parou pra pensar que muito em breve o imprevisto vai deixar de existir?

Eu fico pensando... como cargas d´água existia vida sem internet e telefone celular? E olha que eu ainda vivi isso, hein?

Furou o pneu? Liga pro borracheiro, liga pro escritório, liga pra filha... pronto. Todo mundo já está ciente do problema. Em tempo real.

Acho que isso afetou a noção de compromisso das pessoas. Antes você marcava um horário e tinha de cumprir. Não tinha essa comodidade de avisar: "Tô no trânsito, tá o maior engarrafamento". Antes, filho, era tal hora e pronto. E nem adiantava descer do carro e ligar do orelhão (que já existia). A pessoa que estava te esperando também não tinha celular. Era bacana, de certa forma. O pessoal, de uns tempos pra cá, criou a mania de se escorar no tal do "chego já". "10 minutos", "5", "2". E, no fim, acaba atrasando meia-hora. Uma hora.

E depois reclamam que eu sou antiquado.

3 comentários:

Anônimo disse...

Se ser antiquado é gostar de pontualidade, com licença, estou indo me "internar" numa casa de repouso! Rs...

Mas sabe como é... atrasoS (aguentá-los) são meuS karmas!

Beijo!

Priscilla Xavier disse...

heheheh Eu tava pensando nisso esses dias. Gosto de ver aquelas novelas dos anos 80, início da década de 90, que mostram a realidade da época: as calças lá em cima, os orelhões de ficha...
Às vezes da uma nostalgiiiia...

lalafernandes disse...

Esse texto é baseado na minha vida é ??? Hunf!!

 
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